22.3.13

Reboliços internos

Tem coisas que mudam a gente. Chegam, fazem um alvoroço, mexem em tudo e não se dão o trabalho de voltar o que encontraram para o mesmo lugar, deixando uma bagunça enorme. Mas são coisas que aparecem de forma tão sutil externamente que ninguém nota.

Essas mudanças de olhares, essas coisas que absorvemos, entram na gente como um vírus na ponta de uma injeção. Impossível separar à força de você depois.


Essa mudança na forma de olhar para certos detalhes são tão importante quanto as grandes reviravoltas da vida.
Um desses "vírus" que mudaram minha visão de mundo foi o filme O Fabuloso Destino de Amelie Poulain. Eu comprei o DVD quando estava na sétima série. Não é um filme desconhecido, pelo contrário, ele é muito falado. Mas me surpreendi quando, essa semana, minha professora de Linguagem Audiovisual o passou em aula e apenas eu e mais outra menina já tinham assistido.
Se eu pudesse dar um conselho diria: não usem filtro solar, assistam a este filme! Não, mentira. Usem filtro solar, sim, principalmente se você mora em Brasília. Mas assistam também. Você precisa ver as texturas, as cores, os suspiros, a doçura, romantismo e imprevisibilidade de Jean-Pierre Jeunet. Permitam-se serem apresentados a essa nova perspectiva, a esse novo universo mental. Tenho certeza que lhe trará reboliços internos também.

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