27.3.13

Sobre sinais, mudar a rotina e a vida adulta

Quando mudei para Brasília, eu fiquei um semestre parada. Sim, parada mesmo, sem faculdade e sem trabalho; fiz apenas um curso de um mês e fim. Nem mesmo estudei para o vestibular. A ideia do meu pai era que eu viesse para cá antes de começar meu curso de graduação para que eu pudesse ver mesmo se eu me adaptava. A verdade é que a gente acha que vai estudar, que vai fazer mil coisas produtivas e raramente fazemos.
Depois comecei a universidade e o estágio. Aí a rotina mudou, eu até fiquei mais produtiva, realizei alguns trabalhos legais, conheci gente nova etc. Mas também nada além disso. Isso porque eu tenho grande parte da tarde livre.

 Temos sempre uma desculpa para não fazer algo, a minha era de que meu estágio era muito longe, que chegava muito tarde em casa por conta do ônibus e era o único momento para descansar um pouco.
Decidi, depois de um ano, que estou cansada de fazer sempre as mesmas coisas. Estou procurando coisas novas fazer como participar de eventos diferentes e começar aulas de dança (ballet ou dança contemporânea).  Eu não sou de participar das coisas e nunca dancei na minha vida, sério. Mas se eu quero fazer diferente agora, independente do grau de dificuldade. Depois que li As vantagens de ser Invisível fiquei com isso na cabeça: “talvez eu esteja muito ocupado tentando participar”, ao invés de apenas observar.
O único problema, claro, é ser quase adulta agora. Eu preciso pagar pelas coisas que quero fazer e também continuar me sustentando. Eu tento sempre conciliar as contas da casa, mercado, transporte e ainda poupar dinheiro. Eu queria ter tido a consciência de poupar dinheiro assim que comecei o estágio, então eu conseguiria fazer mais coisas agora e também no futuro, sem medo de faltar.
Bom, me desejem sorte nessas tentativas de mudar a rotina. Ultimamente os dias têm sido normais demais, entediantes demais. Mas nessas duas semanas que se passaram, eu vi muitas coisas que interpretei como sinais, muitas histórias de pessoas que tiraram seus sonhos do papel, muita gente dizendo que temos que ir lá e fazer acontecer, tudo isso que venho presenciando nesses dias me mostraram que é hora de levantar e correr atrás.

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