Eu escrevo histórias desde que tinha nove anos. Não, não foi porque eu era uma criança prodígio, e não eram histórias muito publicáveis, eram coisas sobre um trem fantasma cheio de crianças dentro que precisavam descobrir como pará-lo ou coisas do tipo.
Quando eu era criança eu sempre me pegava imaginando personagens dos mais diversos, eu lhes dava nomes, histórias, características.... Não, não eram meus amigos imaginários, eu não conversava com eles, apenas desejava que pudessem existir.
Mas a minha ligação com eles era tão grande que uma noite sonhei que existiam e estavam na minha casa me esperando acordar para ir até a padaria da esquina tomar café da manhã. Quando acordei desse sonho, simplesmente me vesti para ir até a padaria, foi só chegando no portão de casa que caiu a ficha, primeiro: eu era nova demais até mesmo pra ir sozinha até a padaria (de acordo com a senhora minha mãe) e segundo: foi só um sonho e aqueles amigos não eram reais.
Ainda nova, passei a procurar por eles, corria o olhar pela cidade buscando lugares que eles poderiam estar de acordo com as características que eu mesma havia criado, busquei até na internet – que na época era uma novidade – pelos nomes que só existiam na minha cabeça.
Logo percebi que a busca era inútil, o único modo de ter a companhia desses personagens seria escrevendo sobre eles. E então, eu escrevi. E ainda escrevo.
Não são histórias incríveis, raramente deixo alguém ler, apenas escrevo ainda porque me faz bem, porque gosto da "companhia" desses personagens, porque entrar em seus mundos por alguns instantes me faz bem. É aquela loucura que deixa a gente não enlouquecer.
Ainda nova, passei a procurar por eles, corria o olhar pela cidade buscando lugares que eles poderiam estar de acordo com as características que eu mesma havia criado, busquei até na internet – que na época era uma novidade – pelos nomes que só existiam na minha cabeça.
Logo percebi que a busca era inútil, o único modo de ter a companhia desses personagens seria escrevendo sobre eles. E então, eu escrevi. E ainda escrevo.
Não são histórias incríveis, raramente deixo alguém ler, apenas escrevo ainda porque me faz bem, porque gosto da "companhia" desses personagens, porque entrar em seus mundos por alguns instantes me faz bem. É aquela loucura que deixa a gente não enlouquecer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário