29.3.13

Frustrações metamórficas





Quando meu namorado veio para Brasília no fim de semana comemorar meu aniversário antecipadamente (ele mora em Goiânia), decidimos que tínhamos que ir a algum lugar. Como meu namorado simplesmente ama animais, achei que seria legal fazermos um piquenique no zoológico no sábado.

Fomos até a parada de ônibus que nos aconselharam e esperamos. Esperamos. Esperamos. Continuamos esperando. Foi uma hora de espera até resolvermos perguntar para alguém ali perto sobre o ônibus, e foi então que nos disseram que, nos fins de semana, ele não passava ali.

Eu fiquei frustrada. Eu estou em Brasília há mais de um ano e meio e nunca consigo levar meu namorado nos lugares que quero, sempre dá um problema ou eu não sei ir. Quando eu tirar minha carta (que logo iniciarei) tudo ficará mais fácil, mas voltando ao momento, eu já ia começar a ter um pequeno ataque de irritação. 

Comecei a reclamar e reclamar, enquanto voltávamos e ele dizia que não tinha problema. Meu namorado é muito compreensivo pessoalmente (Não ao telefone, sempre que estou estressada com algo no telefone ele se irrita de volta). Ele me acalmou e decidi que, aproveitando que minha universidade estava aberta, eu ia mostrar a ele.

Andamos bastante e depois sentamos na arquibancada, de frente para o campo de futebol e a pista de corrida. Ficamos um tempo calados, aproveitando a companhia um do outro. Depois conversamos sobre nossas vidas, nossos sonhos, sobre a humanidade, sobre sustentabilidade e fim do mundo. Haha. Tiramos algumas fotos do momento. Ele disse que foram as melhores fotos que tiramos, não pela foto em si, mas pelos momentos que vivemos enquanto foram tiradas.

Às vezes temos frustrações metamórficas. São aquelas que se transformam, passam aquele sentimento de leveza, felicidade e beleza.

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