15.4.13

Desapontamentos

Quando eu morava com meus pais eu tinha uma vida fácil, sabe? Eu estudava bastante, passava manhã, tarde e noite em cursos, era corrido mesmo, mas era fácil. Se eu precisava de algo, meus pais me ajudariam a resolver, se eu estivesse cansada, meu pai poderia me buscar, se eu esquecesse algum trabalho em casa, alguém poderia me trazer.

Aí eu mudei e tudo isso mudou. Se eu esqueço alguma coisa, tenho que arcar com isso sozinha e são coisas que nem sempre tenho como resolver.

Então, se tem algo que eu aprendi é que não devo me chatear por qualquer coisa. Antes eu nem sabia discutir por algo como uma adulta. Eu reclamava, esperneava e batia o pé. Só que no mundo real isso não adianta, seus argumentos tem que ser melhores, não adianta agir como criança e querer tudo da forma que eu quero. Não que eu tenha virado conformista, mas aprendi que a maneira de se lutar por algo é outra agora. (Claro que eu ainda tenho minhas crises infantis, afinal, é ótimo voltar a infância).

Tem dias que repito como um mantra: “não devo me desapontar apenas porque não ouvi exatamente o que queria”. Há muito tempo tomei essa ideia para mim, para que me lembrasse sempre que coisinhas como essas nunca me fariam desistir de algo que eu quero. E, mesmo assim, tem dias que ainda custo a absorver.

Mas é isso, se tenho (mais) um conselho a dar é que você não deve se decepcionar com algo porque não ouviu o que queria.

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