29.5.13

I Quit: Saindo da minha zona de conforto

Um tempo atrás apareceu lá no Facebook essa parte de uma crônica da Martha Medeiros:



O que me questionei foi: “Qual o próximo passo depois da passagem só de ida?
Então a resposta veio esses dias: pedir demissão sem ter outro emprego a vista.

Sim, saí do meu estágio. Era um lugar bom, uma empresa legal onde aprendi muito e que pagava bem o bastante para eu me sustentar. O problema é que sentia que já havia aprendido e contribuído tudo o que podia lá, acabou virando minha zona de conforto.

Eu realmente estava cansada, precisava de desafios novos. Então decidi pegar o dinheiro que poupei até agora para viajar no meio do ano e, no semestre que vem, fazer cursos na minha área. Pretendo arranjar um outro estágio logo, mas durante uns dois ou três meses vou priorizar os estudos. 

Eu me organizei para isso, não foi algo impensado, juntei dinheiro, calculei quanto gastaria com os cursos e com meu sustento e, agora que foi possível, fui lá e fiz. Avisei que ia sair, só estou aguardando arranjarem outra pessoa. Não foi fácil, alguns ficaram chocados, tristes (ou pareceram assim), mas compreenderam.

Sei que sentirei muita falta das pessoas que conheci lá, mas é preciso aproveitar minhas oportunidades, eu mudei para longe de casa para ganhar mais experiências e não para me contentar de primeira.

Eu estou com medo de não conseguir algo tão bom mais para frente, de não ser contratada em outro estágio etc. Mas acho que isso é normal. Estou com aquele friozinho na barriga de coisas novas, sabe?

Indico essa crônica da Martha Medeiros para quem pensa sobre ter uma vida interessante, aqui vai outra pequena parte que é a continuação do texto na imagem deste post:

"Para os rotuladores de plantão, um bando de inconsequentes. Ou artistas, o que dá no mesmo. Ter uma vida interessante não é prerrogativa de uma classe. É acessível a médicos, donas de casa, operadores de telemarketing, professoras, fiscais da Receita, ascensoristas... Gente que assimilou bem as regras do jogo (trabalhar, casar, ter filhos, morrer e ir pro céu), mas que, a exemplo de Groucho Marx, desconfia dos clubes que lhe aceitam como sócia.
Qual é a relevância do que nos é perguntado numa ficha de inscrição, num cadastro para avaliar quem somos? Nome, endereço, estado civil, RG, CPF. Aprovado.
Bem-vindo ao mundo feliz.
Uma vida interessante é menos burocrática, mas exige muito mais."

Nenhum comentário:

Postar um comentário