Alugando um apartamento

Como eu disse nesse post, estou mudando novamente de cidade (UHUL!).
Nesses dois anos que estive em Brasília, morei numa casa que pertencia a um parente. Então, paguei um aluguel muito baratinho, não tive que me preocupar com burocracia da imobiliária, nem nada.
Mas, no final de 2013 percebi a dificuldade que é essa questão de aluguel e tudo mais. Vim aqui comentar um pouquinho sobre como foi esse processo para mim:


1. Achar o apartamento ideal

Isso foi realmente difícil. Eu trabalhei na agência até o dia 18/12 e dia 19 já iria viajar para visitar os meus pais em SP. Eu tinha apenas os fins de semana de novembro e dezembro para ir até Goiânia e procurar, mas grande parte das imobiliárias permitiam a visita aos apartamentos apenas durante a semana. Isso me desesperou porque eu estava com pressa, pois nessa época tem muita gente alugando. Meu namorado, que já morava em Goiânia, passou vários dias saindo do serviço no horário de almoço para visitar apartamentos, então ele filmava, tirava fotos e mandava a opinião dele de cada um, pois as fotos que aparecem nos sites podem dar uma enganadinha, haha.


2. Escolher entre o tamanho e a localização

Isso também foi complicado. Eu tenho um gato que sempre teve um quintal espaçoso para brincar, queria um lugar onde ele tivesse um pouquinho que fosse dessa liberdade. Como eu acabei de tirar carteira de motorista e é complicado de ir de ônibus à minha nova universidade, acabei escolhendo pela localização, o que resultou em ficar com um apartamento de 33m² (1 quarto, cozinha, sala, banheiro, sacada) pelo mesmo preço de um de 55m² com dois quartos ou um flat (dois andares com jardim e sacada) que não ficavam próximo de onde irei estudar.


3. Achar um apartamento que aceitasse animais

Bom, o título já diz tudo. Foram pouquissímos os que aceitaram. Muita gente quer que eu dê o meu gato embora, mas o Mogli já é um filho meu, penso que se uma pessoa adota/compra um animal, ele pertence a ela até o dia da morte. E é assim que será, cuidarei sempre dele.


4. Lidar com a imobiliária

Fui atendida pela ProVenda de Goiânia e não gostei muito dessa imobiliária. O cara que nos apresentou os apartamentos foi ótimo, nos levou em seu próprio carro para verificar cada um. Mas, a pessoa encarregada de cuidar da papelada falava que ia nos ligar e não ligava, falava que ia mandar email com a relação de documentos e não mandava. Nós simplesmente tivemos que cobrar as coisas muitas vezes para receber, e só depois que pagamos a garantia que queriam passaram a nos dar um pouco mais de atenção. Mesmo assim, passaram algumas informações erradas, não sabiam responder outras, fizeram a vistoria do apartamento em outro apartamento (essa parte não sei se é culpa deles ou da proprietária) etc. Foi um saco.


5. Escolher as opções garantia locatória

Foi nessa parte que percebi a burocracia danada que estava me metendo. Essas eram minhas opções:
- 2 fiadores com um imóvel cada um, que morem na cidade ou região metropolitana. Não estava escrito no papel da imobiliária, mas disseram que os dois precisam ganhar 3x o valor do aluguel. (Essa opção é inviável para quem está mudando para um local onde não conhece muita gente que confie para ter esse tipo de vínculo).
- Carta Fiança Bancária: Essa eu nem fui atrás para entender melhor, confesso.
- Título de Capitalização: Você paga uma única vez 10x o valor do imóvel e, quando você decidir sair, se não tiver atrasado nada, nem recebido multa, o dinheiro volta inteirinho para o seu bolso. Mas claro, é muita grana.
- Seguro fiança locatícia: Nesse caso, você paga de 2 a 4x o valor do aluguel para a seguradora e esse dinheiro não volta para você, além disso, é necessário pagar novamente esse valor a cada ano.
- Caução: Você pode pagar um cheque caução, depósito caução ou depósito cautelar de até 3x o valor do aluguel (Em um apartamento que tentei alugar direto com a proprietária, a mulher queria que eu pagasse o caução depositando direto o dinheiro na conta dela para garantir o aluguel antes, que absurdo né? Não se pode pagar isso sem um contrato assinado!). No caso da minha imobiliária, pelo que entendi, era o caução "real", ou seja, através do uso de um imóvel como garantia para o aluguel.


6. Conseguir a documentação

Como eu estava mudando de cidade, tive que sair do emprego para arranjar outro, o que significa que era impossível comprovar renda. O aluguel teve que ser feito no meu nome, mas tendo o nome dos meus pais como responsáveis. Felizmente a imobiliária facilitou nisso, permitindo que eles fizessem a documentação mesmo estando em São Paulo.


7. Corrigir a vistoria

A vistoria é feita para verificar as condições do imóvel antes do aluguel, assim, se tiver algo quebrado eu não precisarei consertar quando sair, e se eu estragar algo, terei que arrumar. Como eu disse ali em cima, fizeram uma vistoria totalmente equivocada. Disseram, por exemplo, que o armário da cozinha era cor mogno com duas prateleiras, sendo que era branco e mal tinha uma prateleira. Certeza que não fizeram a vistoria, tivemos que fazer uma lista enorme e pedir para fazerem uma vistoria de correção.

8. Realizar a mudança

Em uma distância de +/- 280 km, o frete sairia mil reais. Como a maior parte dos móveis que tenho não cabem lá, e o único eletrodoméstico que me pertence era a geladeira e microondas, preferi comprar outra lá pelo mesmo preço. Mas, por não ter um caminhão/qualquer outra coisa de mudança, realizamos várias viagens de carro. É incrível a quantidade de coisa que eu consigo acumular! Os livros precisaram de uma viagem quase que exclusiva para eles (meu bebês haha).Tenho vontade de fazer igual aquelas pessoas que vivem com uma caixinha pequena de coisas para viajar para qualquer lugar, sabe? =/



Ufa, esse post ficou longo também. Mas é isso, galera, só queria partilhar um pouquinho da estrada que percorri até agora. Assim que der conto mais sobre essa nova experiência. :)