Aproximando a distância

Eu esperei muito tempo para fazer esse post. Eu esperei muito tempo para isso finalmente ser  real.

Vou começar do começo, quero compartilhar com vocês a história completa que poucos conhecem sobre o meu namoro.

Uma garota com 16 anos recebeu uma solicitação de amizade em uma rede social. Essa garota estranhou, porque esse perfil era apenas usamos para armazenar textos e coisas aleatórias e não para se comunicar com alguém.

Curiosa como é, a garota aceitou a solicitação de amizade, mas questionou o motivo do garoto ter adicionado um perfil no qual nem foto dela tinha. A resposta veio simples: "porque vi as coisas que você tem aqui e achei que, talvez, a sua alma pudesse ser parecida com a minha". Isso bastou para que o contato se iniciasse.

O começo foi despretensioso. Ele virava a noite jogando vídeo game e gostava de Woody Allen. Ela ouvia The Strokes e Arctic Monkeys e já estava acostumada a virar noites estudando. Um dia, ela comprou um livro com textos do Woody Allen porque se lembrou do garoto. E eles passaram a conhecer melhor os gostos um do outro.

Quando as madrugadas conversando não foram mais suficientes, trocaram o número de celular. Ele fazia leituras das suas citações favoritas para ela antes de dormirem. Ele, mesmo estando na faculdade, ficava preocupado e ansioso para saber como ela havia se saído nos exames do Ensino Médio.

O ciúmes foi ficando visível mesmo que os dois fingissem não se importar com a vida romântica um do outro.

De "dear" e "meu bem", passaram a se chamar de "amor". Foi esse tratamento que mudou a forma como os dois enxergavam as coisas. Eles se falavam todos os dias, arranjavam tempo um para o outro mesmo não tendo tempo para jantar direito. Se gostavam, estava mais que claro.

Eles não sabiam o que fazer, ainda não era um namoro oficial. Mas estavam ligados um ao outro. Foi só quando surgiu a hora de escolher onde ela faria a faculdade, dois anos depois que começaram a se falar online, que eles perceberam que realmente poderiam dar certo.

Um tio ofereceu um local para ela ficar em Brasília, local onde ela não teria que pagar aluguel. Era perfeito. De mais de mil quilômetros (interior de São Paulo e Goiânia), encurtaram a distância para um pouco mais de 200 km (Brasília - Goiânia).

Se conheceram pessoalmente em um dia que amanheceu diferente dos outros. Ela avisou que o esperaria na rodoviária com uma sombrinha vermelha, ele jura até hoje que ela disse "rosa". Ela atrasou e ele achou que ela não iria. Ela o culpa até hoje por ter passado o horário errado de chegada do ônibus. Eles se beijaram tão logo se viram. Era a primeira vez, mas parecia um reencontro.

Quando se despediram ainda sobrou aquela dúvida "será que ele gostou de mim? Voltaremos a nos ver?". Dúvidas bobas que a gente sempre tem. Duas semanas depois ela já estava sendo apresentada aos pais dele como namorada.

Era oficial. Os pais e parentes dele já sabem a história completa. A família dela só sabe parte dela, a parte a partir de Brasília.

Agora, dois anos depois do primeiro encontro, do dia em que ele realmente a pediu em namoro oficial, eles finalmente irão morar na mesma cidade (ou quase isso), a cerca de meia hora de distância. Eu mudarei novamente, e dessa vez, para perto dele, com o apoio dos meus pais e dos pais dele. E eu mal podia esperar para fazer esse post: contando que estamos reduzindo a distância!

Peço desculpas pelo tamanho do post, eu resumi ao máximo que deu. ;)